quarta-feira, 30 de abril de 2008

Um repelente, por favor.

Eu li A Peste quase ao mesmo tempo que o Marcelo. Foi um dos livros mais perturbadores que já tive em mãos. Provavelmente o Marcelo sentiu o mesmo. Não por acaso, uma noite ele me telefonou para dizer que estava mal por causa de um episódio específico do romance. Eu ainda não tinha chegado na tal página mas já estava mal desde as primeiras linhas. Achei impossível que a história ficasse ainda mais dramática, fiquei nervosa e quis mudar de leitura, mas era um caminho sem volta e fui até o fim. E assim, o Marcelo primeiro e eu logo depois, terminamos o livro apavorados. Pensávamos no que fazer se a peste chegasse à nós. Aos poucos nossas vidas voltaram ao normal.


Até que veio o verão e a proliferação de dengue. O que isso tem a ver com moda?


7h30 da manhã, parada à frente do elevador de um edifício comercial em Copacabana, uma senhora típica de sobrancelhas pintadas e trajando: calça estampada fundo branco com hibiscos laranja queimado; camiseta de malha terracota sob camisa aberta de botão estampada fundo bordô com flores laranja queimado; bolsa de pano coral atravessada. Ela me olha de cima abaixo e diz: "Você está bem vestida contra o mosquito!"


Ela ainda se corrigiu a tempo: "Só faltava uma meia...!"


Ela disse isso tudo como quem exclama que só faltava a piteira pra completar meu figurino de melindrosa.


Pelo fim da peste denuncie os focos de mosquito e use calça skinny!


sábado, 12 de abril de 2008

Dressed for succes

Aggyness Deyn é a nova Kate Moss. Não sou eu quem confirma, é a I-d que dedicou sua última edição a ela. Você pode escolher, entre 6 opções de capa, a sua versão Aggyness preferida.

Eu não sei vocês, mas eu não quero viver num mundo onde Aggyness é a nova trend-setter. Não porque eu não goste da moça, mas porque acho que se os entendidos da moda a consideram trend-setter na era Madonna, então alguém perdeu um capítulo importante dos anos 80.


Digo isso porque Aggyness se veste, conceitualmente falando, como a Madonna, só que 20 anos depois. Não é que eu perca meu sono com isso, e nem mesmo fico irritada. É só que a gente percebe a falta de criatividade quando os espertinhos elegem como nova inspiradora alguém tão déjà vu.