Quando Clavin Klein vai ao Japão, o resultado é o desfile de inverno da Huis Clos, com um quê de outra coisa que não sei dizer. Eu daria meu reino por qualquer uma das peças com franjas, especialmente todas, e mesmo as sem franjas.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
"The death of the moment"
Foi uma dica via Facebook - o documentário sobre Richard Avedon tem tantas frases reproduzíveis que fica difícil escolher uma. Vi em capítulos pelo youtube e recomendo: aqui está o link para a primeira parte, as outras vão aparecer na sequência.
Faz uns meses que a Ju me emprestou o dvd do doc sobre a Annie Leibovitz, que também é fantástico, e que também está disponível no youtube (viva a internet!), assim como uma série de outros docs de mestres da fotografia que vão ocupar meus dias de férias.
Só para não deixar passar, Avedon fala de um jeito tão simples sobre moda, e tão fundamental, coisas que ficam meio esquecidas entre a enxurrada de assuntos bobos sobre tendências e afins: "Fashion is one of the richest expressions of human desires, ambitions, needs, insecurities... What we wear is an indication of our sense of ourselves. It's a gift."
Mais pra frente, ele diz: "I think the larger issue is that photography is not journalism. It is fiction."
Faz uns meses que a Ju me emprestou o dvd do doc sobre a Annie Leibovitz, que também é fantástico, e que também está disponível no youtube (viva a internet!), assim como uma série de outros docs de mestres da fotografia que vão ocupar meus dias de férias.
Só para não deixar passar, Avedon fala de um jeito tão simples sobre moda, e tão fundamental, coisas que ficam meio esquecidas entre a enxurrada de assuntos bobos sobre tendências e afins: "Fashion is one of the richest expressions of human desires, ambitions, needs, insecurities... What we wear is an indication of our sense of ourselves. It's a gift."
Mais pra frente, ele diz: "I think the larger issue is that photography is not journalism. It is fiction."
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Fashion Rio - últimas
* Acaba o Fashion Rio e todo mundo que participou dele tem certeza de que foi violentamente espancado: dor nas pernas, nos ombros, nos joelhos e calcanhares dormentes: haja escalda pé da Granado e massagem. Isso se a pessoa não vai emendar SPFW, é claro.
* Eu não sei quem foi que disse que esmalte amarelo era bonito, mas, trust me, essa pessoa mentiu.
* Vejo 2 Alcinos, todo dia, donde conclui-se que: a) ele tem um sósia ou b) eu não sei exatamente quem é Alcino Leite Neto.
* Algo acontece com o figurino de Maria Prata, e não é algo bom.
* O desfile da New Order é muito divertido, embora um pouco déjà-vu. As mocilhas e spapatos furados e coloridos são um barato, assim como os spikes enormes (ótimos pra furar todo mundo no metrô). Amo o Oxford vermelho brilhante. Oskar Metsavaht assiste e grava tudo da primeira fila e ao final a gente conclui que ele realmente sabe o que faz.
* A direção musical do Fashion Rio precisa mudar. Ao entrar nas salas de desfile, o mesmo cd, aquele cheio de músicas em versão "lounge". Eu nunca entendi porque as pessoas regravam músicas em versão lounge. Tanta música brasileira boa e a gente tem que engolir "Isn't She Lovely" numa versão lounge de quinta. Tenha dó.
* Adoraria ter visto a estreia da Julia Valle no line-up. Os desfiles que ela fez no extinto Rio Moda Hype foram ótimos: peças bem cortadas e acabadas, sempre uma cartela de cor bacana, e feminilidade e moulages bonitos de se ver. Mas ela não desfilou, uma pena!
* A estreia da Nica Kessler, ao contrário, foi bem decepcionante. Ok, não foi decepcionante porque eu não tinha grandes expectativas quanto a ela. O melhor do desfile foi a trilha sonora: The Gossip.
* No último dia de Fashion Rio os jornalistas estão exaustos e perdem vários dos desfiles, especialmente a imprensa internacional. Muitos já foram embora e os que ficam aparentam cansaço, exceto uma turminha animada que quer adiar a volta pra casa porque se encantou perdidamente pela cidade. Os jornalistas nos abraçam, agradecem por tudo, dizem que fomos "great" ou "wonderful" e nos aconselham descansar. Uns até pedem desculpas pelos chiliques.
* Chilique em francês, aliás, é bem melhor que levar bronca do segurança da sala de desfiles...
* No fim do dia, no hotel, jantando e tomando caipirinhas, Marcio Madeira, o dono do Pit de fotógrafos, aparece para um bate papo e conta a história de como o Lula e a Dona Marisa se conheceram. Enquanto isso, o Suleman senta pra comer conosco e faz seus relatos a respeito do Rio. O bacana é isso, o intercâmbio que acontece, e ver como a percepção deles sobre o Rio é tão diferente da de quem mora aqui e tem que encarar Choque de Ordem e afins. A paixão que a cidade desperta nos outros acorda um pouco a nossa própria, e de repente a gente começa a achar que talvez o metrô realmente chegue a outros bairros, que a intervenção da Polícia nas favelas pode dar certo etc. E agora chega, que esse blog é de roupa, não de bla bla bla.
* Eu não sei quem foi que disse que esmalte amarelo era bonito, mas, trust me, essa pessoa mentiu.
* Vejo 2 Alcinos, todo dia, donde conclui-se que: a) ele tem um sósia ou b) eu não sei exatamente quem é Alcino Leite Neto.
* Algo acontece com o figurino de Maria Prata, e não é algo bom.
* O desfile da New Order é muito divertido, embora um pouco déjà-vu. As mocilhas e spapatos furados e coloridos são um barato, assim como os spikes enormes (ótimos pra furar todo mundo no metrô). Amo o Oxford vermelho brilhante. Oskar Metsavaht assiste e grava tudo da primeira fila e ao final a gente conclui que ele realmente sabe o que faz.
* A direção musical do Fashion Rio precisa mudar. Ao entrar nas salas de desfile, o mesmo cd, aquele cheio de músicas em versão "lounge". Eu nunca entendi porque as pessoas regravam músicas em versão lounge. Tanta música brasileira boa e a gente tem que engolir "Isn't She Lovely" numa versão lounge de quinta. Tenha dó.
* Adoraria ter visto a estreia da Julia Valle no line-up. Os desfiles que ela fez no extinto Rio Moda Hype foram ótimos: peças bem cortadas e acabadas, sempre uma cartela de cor bacana, e feminilidade e moulages bonitos de se ver. Mas ela não desfilou, uma pena!
* A estreia da Nica Kessler, ao contrário, foi bem decepcionante. Ok, não foi decepcionante porque eu não tinha grandes expectativas quanto a ela. O melhor do desfile foi a trilha sonora: The Gossip.
* No último dia de Fashion Rio os jornalistas estão exaustos e perdem vários dos desfiles, especialmente a imprensa internacional. Muitos já foram embora e os que ficam aparentam cansaço, exceto uma turminha animada que quer adiar a volta pra casa porque se encantou perdidamente pela cidade. Os jornalistas nos abraçam, agradecem por tudo, dizem que fomos "great" ou "wonderful" e nos aconselham descansar. Uns até pedem desculpas pelos chiliques.
* Chilique em francês, aliás, é bem melhor que levar bronca do segurança da sala de desfiles...
* No fim do dia, no hotel, jantando e tomando caipirinhas, Marcio Madeira, o dono do Pit de fotógrafos, aparece para um bate papo e conta a história de como o Lula e a Dona Marisa se conheceram. Enquanto isso, o Suleman senta pra comer conosco e faz seus relatos a respeito do Rio. O bacana é isso, o intercâmbio que acontece, e ver como a percepção deles sobre o Rio é tão diferente da de quem mora aqui e tem que encarar Choque de Ordem e afins. A paixão que a cidade desperta nos outros acorda um pouco a nossa própria, e de repente a gente começa a achar que talvez o metrô realmente chegue a outros bairros, que a intervenção da Polícia nas favelas pode dar certo etc. E agora chega, que esse blog é de roupa, não de bla bla bla.
domingo, 10 de janeiro de 2010
Jesus me abana
http://rgvogue.ig.com.br/festa/2010/01/09/walter+rodrigues+calor+9267635.html
A RG Vogue entrou no espírito do calor e fez uma galeria de fotos bem humorada do povo se abanando no desfile do Walter Rodrigues. Eu estou lá, com meu leque vermelho em punho!
A RG Vogue entrou no espírito do calor e fez uma galeria de fotos bem humorada do povo se abanando no desfile do Walter Rodrigues. Eu estou lá, com meu leque vermelho em punho!
sábado, 9 de janeiro de 2010
Fashion Rio - notas do deserto
* Saio do backstage do Walter Rodrigues (primeiro desfile do segundo dia) carregada de sacolas destinadas aos jornalistas internacionais - um pequeno mimo para a imprensa. Não sei ao certo o que havia dentro de cada sacola, mas eucalipto teria sido per-fei-to. A temperatura hoje no Rio devia beirar os 40 graus, a sensação térmica devia ser 45 graus, mas no Píer Mauá qualquer um poderia jurar que fazia 50 graus. Dentro da sala 1 de desfiles, onde as modelos vestidas de Walter desfilaram, a sensação térmica variava de 60 graus (para as chics como Glorinha Kalil) a 75 (para os peões, como eu). Leques, papéis e o que mais estivesse à mão: as pessoas se abanando na platéia pareciam dançar um balé de braços e punhos.
* O máximo que vi de Cantão foi o piso por onde as modelos passaram. E um ou outro chilique de um ou outro jornalista internacional, sempre o mesmo. Essas coisas acontecem: tem sempre um ou outro que dá trabalho, que reclama, que resmunga, que faz cara feia e que depois fica feliz com uma (ou várias) taça de champanhe no lounge da ABIT.
* Scott Schuman e Garance Doré chegam ao desfile de Lucas Nascimento com aura de celebridades: o GNT quer filmar e muitos flashs disparam na direção do casal, que é de uma extrema simpatia com todos que os abordam. Curioso ver o Scott, bem pequenino, ao lado da Garance, com um salto enorme que acentua ainda mais a diferença de estatura.
* Lucas Nascimento atrasa uma hora seu desfile, chegam notícias do backstage de que ele está nervosíssimo (estréia!) e então entra na passarela um tricô com lurex que parece outra coisa, uma malha texturizada, e assim sucessivamente: os looks são fan-tás-ti-cos, a trilha sonora é Massive Attack (!!!) e eu me apaixono instantaneamente!
* Garance é tão charmosa que dá vontade de copia-la e voltar a usar imensas argolas douradas nas orelhas.
* Adoro as cores da Printing e as formas das peças, acabamentos e construções: looks desejáveis e meias de lurex, brilhos e volumes sem afetação, falta descobrir onde eles vendem, e como faz pra ter desconto...
* O máximo que vi de Cantão foi o piso por onde as modelos passaram. E um ou outro chilique de um ou outro jornalista internacional, sempre o mesmo. Essas coisas acontecem: tem sempre um ou outro que dá trabalho, que reclama, que resmunga, que faz cara feia e que depois fica feliz com uma (ou várias) taça de champanhe no lounge da ABIT.
* Scott Schuman e Garance Doré chegam ao desfile de Lucas Nascimento com aura de celebridades: o GNT quer filmar e muitos flashs disparam na direção do casal, que é de uma extrema simpatia com todos que os abordam. Curioso ver o Scott, bem pequenino, ao lado da Garance, com um salto enorme que acentua ainda mais a diferença de estatura.
* Lucas Nascimento atrasa uma hora seu desfile, chegam notícias do backstage de que ele está nervosíssimo (estréia!) e então entra na passarela um tricô com lurex que parece outra coisa, uma malha texturizada, e assim sucessivamente: os looks são fan-tás-ti-cos, a trilha sonora é Massive Attack (!!!) e eu me apaixono instantaneamente!
* Garance é tão charmosa que dá vontade de copia-la e voltar a usar imensas argolas douradas nas orelhas.
* Adoro as cores da Printing e as formas das peças, acabamentos e construções: looks desejáveis e meias de lurex, brilhos e volumes sem afetação, falta descobrir onde eles vendem, e como faz pra ter desconto...
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Fashion Rio - notas
* O melhor de trabalhar nos bastidores do Fashion Rio é não assistir aos desfiles, ao menos é o que parece: os comentários dos jornalistas internacionais sobre o pirmeiro dia no Píer Mauá não são animadores.
* Tanta correria no primeiro dia, poucos atrasos (yeah!) e acaba nem dando tempo de percorrer os lounges ou bater papo com os amigos. E em vez de 2 ou 3, só se come 1 cachorro-quente.
* O ar-condicionado não dá vazão e a geladeria da sala de imprensa muito menos: até o fim do evento alguém precisa melhorar isso, caso contrário vamos morrer derretidos no meio do desfile da Cantão.
* Muito curiosa pra ver New Order na passarela: como será o desfile de uma marca de acessórios?
* Scott Schuman é a pessoa mais simpática do mundo, e também a menor delas. Garance Doré, por sua vez, não deu as caras no Píer, ou estava muito bem escondida. Mas, confesso, se eu fosse ela, também trocaria qualquer desfile pela piscina do Fasano!
* Tanta correria no primeiro dia, poucos atrasos (yeah!) e acaba nem dando tempo de percorrer os lounges ou bater papo com os amigos. E em vez de 2 ou 3, só se come 1 cachorro-quente.
* O ar-condicionado não dá vazão e a geladeria da sala de imprensa muito menos: até o fim do evento alguém precisa melhorar isso, caso contrário vamos morrer derretidos no meio do desfile da Cantão.
* Muito curiosa pra ver New Order na passarela: como será o desfile de uma marca de acessórios?
* Scott Schuman é a pessoa mais simpática do mundo, e também a menor delas. Garance Doré, por sua vez, não deu as caras no Píer, ou estava muito bem escondida. Mas, confesso, se eu fosse ela, também trocaria qualquer desfile pela piscina do Fasano!
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Que tudo se realize
Alguém escreveu no Facebook: que tudo surrealize. Eu concordei, especialmente se tudo se surrealizar na moda. Convenhamos: não tem nada mais chato que tendência, vestido bandage, cítricos X nude e tudo o que reza a cartilha de especialistas e entendidos. Não tem nada mais chato que ler revista de moda. Não tem nada mais chato que o GNT Fashion.
Ronaldo Fraga uma vez falou que gente vestida de forma divertida gerava pessoas mais agradáveis. Talvez não tenham sido essas as palavras exatas, mas ele certamente citou o terninho bege como metáfora de aprisionamento.
Às vésperas de mais uma enxurrada de semanas de moda, fico na expectativa pra ver se alguém além dele resolveu apostar nisso, ansiosa pra poder constatar que sim, ansiosa pra ver criatividade, e talvez já um pouco pré-frustrada por causa dessa descrença que me assola.
Veremos.
Ronaldo Fraga uma vez falou que gente vestida de forma divertida gerava pessoas mais agradáveis. Talvez não tenham sido essas as palavras exatas, mas ele certamente citou o terninho bege como metáfora de aprisionamento.
Às vésperas de mais uma enxurrada de semanas de moda, fico na expectativa pra ver se alguém além dele resolveu apostar nisso, ansiosa pra poder constatar que sim, ansiosa pra ver criatividade, e talvez já um pouco pré-frustrada por causa dessa descrença que me assola.
Veremos.
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