Você tem até 28 de agosto para saltar na estação Montparnasse-Bienvenüe da linha 4 do metrô parisiense. É só seguir a placa que aponta para o Musée Bourdelle e se maravilhar com a exposição de Madame Grès, a deusa dos plissados, do moulage e do minimalismo. A vida toda declarou que queria ser escultora, o que fica bastante claro em suas criações. Eu, que só conhecia algumas imagens clássicas e manjadas do trabalho de Alix Grès, fiquei encantada com seu rigor no corte, sua cartela de cor e suas formas que devem dar inveja de Yamamoto a Huis Clos. Mais detalhes sobre a mostra você encontra no site do museu, aqui.
Não só os vestidos me encheram os olhos, mas a disposição das peças também. As roupas estão organizadas de forma a nos fazer passear por todo o museu. Alguns espaços, como o que era o ateliê do escultor que dá nome ao museu, receberam apenas uma vitrine com um ou dois vestidos. É lindo de ver: um choque de violeta ou laranja em meio às ferramentas do escultor despertam não apenas para a obra de Madame como também para a casa de Antoine Bourdelle.
Dias depois, no Musée D'Orsay, fiquei feliz de ver algumas peças de Monsieur perto de trabalhos de Rodin.
Mas feliz mesmo eu fiquei quando me deparei com um vestido vinho de Madame que era precursor do modelito que eu usei um dia antes, na festa de casamento de uma grande amiga. A prova tá aí:
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