sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

This charming man

Faz um friiiiio nessa terra, deve ser pra colaborar com os casacos que vemos nos desfiles. Sucumbo a uma gripe infernal que me faz abandonar mais cedo a Bienal. Justo HOJE o ar-condicionado da sala de imprensa resolveu funcionar no máximo, e eu saí encolhidinha antes do último desfile.

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Os pen-drives foram todos infectados por um cavalo-de-tróia, e algumas das máquinas começam a soar como sirenes, não adianta clicar no "enviar para quarentena" que o troço continua apitando, é um desespero. Acontece com todos, desde o Alcino (da Folha) aos mais reles repórteres.

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Bolas amarelas são distribuídas pela Bienal, e uma louca anda com a sua recolhendo assinaturas do povo "fashion". Deve ter autógrafo de Iesa Rodrigues, Maria Prata, Regina Guerreiro...

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O tema da edição (embora isso não apareça em todas as marcas, aliás aparece em pouquíssimas) é "Brasileirismos" e a decoração das paredes não podia ser mais divertida: frases de para-choque de caminhão reproduzidas daquele jeitinho, com enfeites tosquinhos pintados a mão. A minha preferida é "Quem madruga muito fica com sono o dia inteiro".

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A comida e os snacks parecem mais escassos desde ontem no QG da imprensa, mas foi tanta correria e desfiles emendados que vai ver eu é que fiquei mais tempo circulando fora da sala e não vi as bandejas passando (a cerveja, porém, continuou a ser oferecida naquele horário crítico de 6 da tarde).

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Só entrei em um lounge, o da Vogue, num momento de fome faminta, mas o clima austero me espantou rapidinho. Não encarei a gigantesca fila do lounge das Havaianas, onde as pessoas entravam afoitas para customizarem um par. Fiquei sem. No lounge da Melissa, onde também não fui, era preciso vencer um jogo para levar seu par exclusivo, eu sei porque me contaram. Eu não queria levar aquela Melissa nem sem jogo, imagina o pé suado com aquelas melecas pretas dentro do par exclusivo muito feio?! No way!

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As assessorias caçavam pessoas para entrarem no desfile do Jefferson Kulig hoje. Sentei na fila B.

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Eu estava tão concentrada nas roupas que não saquei que era a Fernanda Lima fazendo a primeira entrada no desfile da Amapô! Desfile, aliás, cheios de amigos das estilistas, que promoveram uma verdadeira ovação (?) no final. Foi o segundo mais aplaudido, Ronaldo Fraga ganha de lavada (até porque no caso dele as palmas foram totalmente espontâneas).

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Miados e sons de arara vêm do pit de fotógrafos antes do desfile da Amapô. Fora os berros que às vezes eles dão. E as risadas me fazem concluir que devem falar um monte de besteiras e muitas atrocidades.

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Encerrei meu dia no desfile da Maria Garcia, com trilha de Smiths, cantando junto, pensando em tudo que quero ter da marca, onde mais cedo fiz compras!

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Apesar do cansaço, do nariz em mau-funcionamento e da voz babaca de gripe, sentirei saudades desses dias de Bienal, de tentar adivinhar quem é a celebridade rodeada por fotógrafos e flashes, de admirar a elegância de Constanza Pascolato e de proferir todos os xingamentos contra o programa de moda do GNT (e mesmo assim assistir toda noite, pra rever um pouquinho os desfiles) e contra o sistema de download de fotos oficiais do evento. Certamente farei algo completamente cafona e demodé quando chegar em casa: vou pendurar minha credencial na cortiça do meu quarto!

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